Nos primeiros quatro meses de 2025, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por mais de 546 mil contratações formais no Brasil, representando quase 60% de todas as vagas criadas no período. Esse dinamismo no mercado de trabalho evidencia um ponto crucial: não basta contratar. O verdadeiro diferencial competitivo está em como as lideranças desenvolvem suas equipes e constroem um ambiente onde as pessoas queiram permanecer e crescer.
Segundo pesquisa do Great Place to Work realizada entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025 com mais de 2 mil profissionais, o desenvolvimento de lideranças foi apontado como a principal prioridade das empresas neste ano. Isso não é surpresa. Em ambientes menores, como é comum nas pequenas empresas, a liderança exerce um impacto direto na cultura organizacional e nos resultados.
A mesma pesquisa revela que 33% das empresas identificam a comunicação interna como o principal desafio, seguido de saúde mental (32%). Em pequenos times, esses desafios são ainda mais evidentes: a proximidade pode potencializar tanto os aspectos positivos quanto os negativos da convivência profissional. Uma liderança mal preparada tende a desmotivar e aumentar o turnover. Por outro lado, um gestor que escuta, desenvolve e valoriza pode transformar a realidade do negócio.

Em 2025, o Sebrae vem reforçando a importância da liderança positiva como base para um time engajado e produtivo. Entre os principais pilares estão a comunicação clara de objetivos, reconhecimento individual, delegar com confiança e oferecer oportunidades de crescimento (sebrae.com.br). Pequenos empreendedores que aplicam esses princípios relatam melhoria na produtividade e no clima organizacional.
Dados da Solides complementam esse panorama: 4 em cada 10 novos gestores afirmam que o maior desafio é conquistar a confiança da equipe. Além disso, 54,9% das empresas brasileiras reconhecem que a gestão de pessoas não é responsabilidade apenas do RH, mas de todos os gestores. Isso se torna ainda mais evidente nas microempresas, onde o dono costuma ser também o gestor direto da equipe.
Uma abordagem bem-sucedida de gestão de pessoas em pequenos negócios passa por:
- Feedbacks frequentes e construtivos
- Metas claras e alcançáveis definidas em conjunto
- Promoção da autonomia com responsabilidade
- Clareza sobre papéis e expectativas
- Valorizacão do bem-estar físico e emocional
De acordo com levantamento da SumUp, 77% dos micro e pequenos empreendedores estão otimistas com 2025, e planejam investir no desenvolvimento de suas equipes, especialmente nos setores de alimentação, vestuário e cosméticos. Esse dado mostra que muitos já entenderam que uma equipe bem cuidada é uma equipe que entrega mais.
Entre as práticas mais recomendadas pelo Sebrae em 2025 está a mentoria interna: profissionais experientes orientam os novos colaboradores, promovendo troca de conhecimento e integração. Outra frente fundamental é o investimento em capacitações de soft skills, com destaque para comunicação não violenta, empatia, gestão de conflitos e inteligência emocional.
Um ponto sensível que ganha força em 2025 é o cuidado com a saúde mental. Pequenas empresas, por sua estrutura mais enxuta, sentem fortemente o impacto de afastamentos, burnout ou baixa produtividade por fatores emocionais. Iniciativas simples como pausas programadas, escuta ativa e promoção de um ambiente seguro para falar sobre dificuldades podem fazer enorme diferença.
No aspecto legal, vale lembrar que mesmo pequenos negócios devem cumprir as normas da CLT, garantir o respeito às leis trabalhistas e promover ambientes inclusivos e sem assédio. O cumprimento desses pontos também reforça a imagem da empresa e contribui para sua reputação.
Na prática, o empreendedor precisa de apoio para crescer como líder. Pensando nisso, oferecemos suporte especializado para pequenos negócios que desejam se profissionalizar. Precisa de ajuda com abertura ou regularização do MEI? Acesse:
A formação de líderes também exige autoconhecimento, planejamento pessoal e o uso de ferramentas de gestão de desempenho. É possível utilizar ERPs simples para acompanhar produtividade, ou mesmo planilhas que organizem entregas, metas e indicadores por função.
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