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A Gestão Financeira como Pilar da Sustentabilidade nas Micro e Pequenas Empresas

REVISADO POR :

jadson

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Nos primeiros meses de 2025, o Brasil testemunhou um crescimento significativo na abertura de pequenos negócios. Apenas em novembro de 2024, foram mais de 321 mil novos registros de Microempreendedores Individuais (MEIs), microempresas e pequenas empresas, representando um salto de 13% em comparação com o mesmo período do ano anterior (bluestudioexpress.estadao.com.br). Esse número reforça o espírito empreendedor do país, mas também acende um alerta: abrir uma empresa é apenas o primeiro passo. Garantir sua permanência no mercado é o verdadeiro desafio.

Segundo dados recentes do Sebrae, 21,6% das microempresas encerram suas atividades antes de completar cinco anos. No caso das pequenas empresas, o índice é de 17%. Entre os principais motivos para esse fechamento precoce está a ausência de um planejamento financeiro adequado (sebrae.com.br). Tal lacuna não apenas compromete a rentabilidade, mas compromete também a capacidade de investimento, a relação com fornecedores e o cumprimento das obrigações tributárias e trabalhistas.

Esse quadro se agravou em 2024, quando 6,5 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes, acumulando uma dívida de R$ 112,9 bilhões — o maior patamar já registrado (genyo.com.br). Esse volume evidencia uma fragilidade sistêmica da sustentabilidade financeira no segmento. Com uma Selic confirmada em 15% ao ano e inflação projetada em torno de 5,6% para 2025 (agenciasebrae.com.br), o cenário se torna ainda mais desafiador.

Para enfrentar essas adversidades, o Sebrae lançou uma série de iniciativas em 2025. Dentre elas, destaca-se o Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe), com a meta de facilitar o acesso a até R$ 10 bilhões em crédito para pequenos empreendedores, aliado à realização de 300 mil atendimentos pré-crédito em todo o país (movimentoeconomico.com.br, agenciasebrae.com.br). No Rio Grande do Sul, por exemplo, uma pesquisa revelou que 48% dos empreendedores planejam expandir suas atividades nos próximos meses, enquanto 37% buscam linhas de crédito voltadas ao capital de giro, aquisição de bens e inovação (sebraers.com.br).


Contudo, não basta ampliar o crédito. É essencial que esse recurso seja bem gerido. Por isso, ferramentas como o fluxo de caixa diário, ofertado gratuitamente por plataformas educativas, tornaram-se essenciais. Em 2025, houve um reforço na difusão da metodologia “Ginástica Financeira”, que orienta os empreendedores a registrar detalhadamente todas as entradas e saídas e a projetar os compromissos futuros por pelo menos três meses (sebrae.com.br).

Adicionalmente, a adoção de tecnologias acessíveis como aplicativos de gestão financeira, ERPs simplificados e integração com plataformas de pagamentos digitais tem ganhado espaço. Tais ferramentas permitem a visualização em tempo real das finanas da empresa, automatizam alertas de vencimento, controlam estoque e facilitam a emissão de notas fiscais.

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Outro fator crucial é a renegociação com fornecedores. Em um ambiente de juros altos, estabelecer relações comerciais sustentáveis, com prazos equilibrados e condições transparentes, pode significar a diferença entre a permanência e a ruptura financeira. Também é recomendada a formação de reservas financeiras, mesmo que modestas, para garantir fôlego em momentos de sazonalidade ou crise.

Na prática, gestores bem preparados são aqueles que conseguem estabelecer um orçamento realista, acompanhar indicadores de rentabilidade e liquidez, revisar periodicamente seus custos fixos e variáveis e investir em capacitação contínua da equipe.

Em resumo, a gestão financeira em 2025 deixou de ser um diferencial competitivo e passou a ser a espinha dorsal da sobrevivência dos pequenos negócios. Ferramentas de controle de fluxo de caixa, acesso a crédito qualificado, uso de tecnologia, negociação inteligente com fornecedores e educação financeira são hoje condições inegociáveis para que uma microempresa não apenas sobreviva, mas cresça com consistência em um mercado cada vez mais volátil e competitivo